domingo, 21 de fevereiro de 2016

Inclusão

Computadores e outros equipamentos apoiam o aprendizado dos alunos com deficiência por Fernanda Salla 

Postado em:(novaescola@fvc.org.br), de Porto Alegre, RS. Colaborou Elisa Meirelles, de Betim, MG

No momento em que Pablo da Silva Soares, 11 anos, conheceu Rafael Lima da Silva, 13, em 2010, os dois estavam no 4º ano da EMEF José Mariano Beck, em Porto Alegre. Rafa, como é chamado, tem limitações em grau severo em decorrência da paralisia cerebral. Ele é cadeirante, movimenta os braços com dificuldade e, naquela ocasião, se comunicava apontando desenhos e letras em uma prancha. Pablo notou os aparatos, sentou ao lado dele e simplesmente perguntou: "Como você faz para falar?" Desde então, se tornaram melhores amigos. 

Pouco depois do encontro, Rafael se beneficiou de novas tecnologias que chegaram à escola para facilitar o diálogo com colegas como Pablo e com os professores. Ele passou a usar um teclado virtual. Com um mouse adaptado, seleciona as letras na tela e escreve direto no laptop, que carrega para todos os lados. O programa tem um comando que, quando acionado, reproduz em som o que está escrito no monitor. "Com isso, Rafa pode, por exemplo, perguntar suas dúvidas. O mecanismo também permite que ele ouça o que foi escrito e aprimore a ortografia", conta Magali Dias de Souza, responsável pela Sala de Integração e Recurso (SIR) da escola, que introduziu o trabalho com esse material.